Por que a vacina contra a COVID-19 é importante para a retomada da economia do Brasil?



 

Imunizar a população contra a COVID-19 é um pontapé para a retomada da economia, segundo economistas. Entenda

2021 iniciou com uma luz no fim do túnel. A tão esperada vacina contra a COVID-19, após diversos testes, finalmente chegou a cerca de 50 países, que começaram o ano vacinando parcelas da sua população. A esperança é que a imunização ao redor do globo ajude a conter o novo coronavírus, aproximando a pandemia do fim.

 

Embora seja muito desejada por fins de saúde pública, a vacina contra a COVID-19 não tem sua importância unicamente atrelada a isso. Economistas também estão esperançosos com o seu impacto. Em dezembro de 2020, Paulo Guedes, ministro da Economia, alegou que a vacina contra a COVID-19 será “o capítulo mais importante” para que a economia retome o seu ritmo de crescimento.

 

Corroborando com a fala de Guedes está a OCDE, que em suas análises preditivas para 2021, prevê uma alta de 4,2% do PIB mundial - em decorrência da vacina.  

 

Mas quais razões explicam tamanha expectativa para a retomada da economia a partir da vacinação? É sobre isso que vamos falar a seguir.

A relação entre a vacina contra a COVID-19 e a circulação de dinheiro

No início da pandemia, quando ainda se sabia muito pouco sobre o vírus e a situação geral, a imposição de medidas de isolamento social foi mais severa. De uma hora para a outra, o mundo todo viu seus comércios fecharem as portas e as ruas se esvaziarem. O número de pessoas saindo de casa, independente do motivo, despencou. E essa situação não tinha sido de nenhum modo planejada. 

 

Muitos negócios não tinham reserva financeira e dependiam das vendas diárias para continuar existindo. Muitos trabalhadores que dependiam do contato social se viram, de repente, sem poder trabalhar. O clima, especialmente em março e abril de 2020, era de incerteza. E na dúvida, opta-se por não gastar. A baixa circulação de pessoas inevitavelmente gerou uma queda na circulação de dinheiro. 

 

Essa baixa circulação de pessoas e de dinheiro gerou uma espécie de efeito dominó na economia, que no Brasil já não andava muito bem. Mesmo com o boom do comércio online, grandes setores da economia como o varejo, turismo, eventos e serviços tiveram uma grande queda durante a quarentena.

 

Esses são alguns dos setores que dependem direta ou indiretamente da interação social para crescer. Assim, a expectativa é que a vacina contra a COVID-19, ao imunizar a população, torne as pessoas mais confortáveis para sair de casa. Com as coisas “voltando ao normal”, aos poucos a população também irá recuperar a confiança para gastar mais.

Pontos de atenção sobre o impacto da vacina contra a COVID-19

Para que a vacina gere as consequências esperadas na economia, é preciso ter em mente que ela deve alcançar o que chamamos de imunidade de rebanho. Ou seja, a vacina precisa ser administrada em escala suficiente para que pelo menos uma parcela de 50 a 60% da população seja imunizada. 

 

Somente com a imunização em massa o mundo será capaz de fazer girar as áreas mais afetadas pela crise econômica, como o comércio e o turismo. 

 

O ponto é que, em grande parte dos países - inclusive no Brasil -, a vacinação será um processo realizado em etapas, de acordo com os grupos de prioridade. Além disso, há também uma disparidade entre países, no que diz respeito aos investimentos dos imunizantes.

 

Isso significa que a retomada econômica ocorrerá em ritmo desigual entre os países, e que a vida não vai simplesmente voltar ao normal de um dia para o outro. A imunização é um processo lento, que não romperá imediatamente com as medidas de segurança e prevenção de contágio.

O que esperar da economia do Brasil com a chegada da vacina contra a COVID-19?

Apesar de ter iniciado a vacinação, o país ainda apresenta desorganização e enfrenta indefinições sobre o tema. 

 

A economia brasileira está se recuperando desde o terceiro trimestre de 2020, porém após uma queda enorme e com um longo caminho pela frente. A recessão econômica de 2014 a 2016 ainda não tinha sido superada quando o coronavírus chegou, e a atividade econômica ainda se encontra abaixo do nível precedente da pandemia. 

 

Somado a esse quadro, teremos em 2021 o encerramento do auxílio emergencial, quantia cedida pelo governo que ajudou inúmeras famílias a se sustentar entre abril e dezembro de 2020. A quantidade de obstáculos ao crescimento econômico brasileiro é significativa, e o cenário ainda deve ser encarado como sendo de muita instabilidade e cautela. 

 

Por isso, se tratando do caso brasileiro, a aposta da retomada não está somente na vacina. Muitos economistas, inclusive Paulo Guedes, acreditam no poder das reformas estruturais que estão em trâmite no Congresso (tributária, administrativa e de redução de gastos). A expectativa é que essas reformas vão melhorar o ambiente de negócios no Brasil, o que irá atrair mais investimentos que ajudarão a puxar a recuperação econômica brasileira.





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